terça-feira, 18 de abril de 2006

Directo

A vida é simples, a morte também, vamos filmar tudo. E pronto, não há filosofia que resista. Argumentos para quê? Premissas, conclusões, ensaios? Nada. Filma-se tudo, sem pensar, e está a andar na mota da audiência. Já não há mesmo paciência. Nem palavras.
Desde a vergonhosa (VER-GO-NHO-SA!!) cobertura, em directo, do funeral do futebolista Miklos Féher que não se via nada tão absurdo. Não há respeito por ninguém, porque a máquina é rápida, não há tempo para pensar, é tudo simples, a bateria ainda acaba, a vida é simples, a morte ainda é mais. Vamos filmar tudo. Em directo.

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