terça-feira, 2 de maio de 2006

Revolta recuperada




Não é um discurso de vitimização pessoal, mas apetecia.

São tremendamente infinitos os mistérios da incompetência. Se é, como se diz de boca cheia e bolsos cheios de culpa, um problema exclusivo do nosso país não sei, mas assino em letras bem legíveis o formulário que diz que o há em abundância por este país. E custa ver, custam as mãos cheias de cinco minutos que se perde por cada incompetência. Ou será antes por pouca motivação para fazer bem? Ou mesmo preguiça? Mente fraca?
Concretizando: a felicidade está totalmente vedada à marioneta que se arrasta de balcão em balcão com um problema nas mãos que ninguém resolve. A falta de coordenação dos serviços nacionais é tão catastrófica que até dá vontade de fugir. Pior: dá sincera vontade de ler obras de gurus da Gestão.

Um homem que passe, no mesmo mês, pelas mãos dos senhores das operadoras de tv por cabo, pela fila dos serviços postais, por todos os balcões do mesmo banco até chegar ao correcto, ou pela burocracia das empresas de água semi-privadas, não pode, de forma alguma, ser feliz.
E, como me deixoir abaixo com essas coisas, ora estou triste porque esse homem sou eu, ora estou triste porque esses outros homens mereciam-no tanto como eu.

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